domingo, 11 de julho de 2010

A Arte da Preguiça

Porque os fins de semana e os feriados são da preguiça, por mais que se tente evitar. Pode tentar, faça os planos que quiser: vou estudar, vou adiantar trabalho, vou praticar, vou me dedicar a tal coisa... Vai nada, vai acabar fazendo outra coisa – geralmente nada de útil. E não é ruim, muito pelo contrário. A preguiça é uma arte. Faz bem pra alma, faz bem pra saúde. Quem sabe a hora certa de se entregar à preguiça, sempre alcança – só que mais tarde.

Existe a preguiça enrustida: “só vou enrolar mais um pouquinho, daqui a uma hora e meia eu começo a fazer tudo que tenho que fazer”. Existe a preguiça assumida: “F*#@-se tudo, não farei nada e vamos ver o que acontece amanhã”.
Os preguiçosos iniciantes sentem-se culpados e ficam imaginando mil jeitos de não "empurrar mais com a barriga", mas ficam lá, só imaginando. Já os preguiçosos experientes sabem que é inútil – preguiça também é preciso, viver não é preciso, amanhã é outro dia e no final dá tudo certo. Claro, o sucesso da preguiça depende de saber quando tudo REALMENTE dá certo e quando tudo vai pras picas no final. É uma questão de profunda análise das circunstâncias, de ser realista quanto ao volume de trabalho a ser deixado pro dia seguinte, e de se ter coragem pra entrar de cabeça na preguiça quando as chances estão contra você. Preguiça é um esporte de risco, é uma aventura em si mesmo. Tá, não é das mais emocionantes. Mas deixa as emoções fortes pro dia seguinte.

Só pra lembrar: Amanhã é segunda-feira! Mas quem se importa, se podemos deixar e ficar só mais cinco minutinhos...


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